Existem várias fórmulas para uma gestão do stock eficiente e sem erros

7 fórmulas para um controlo de stock eficiente

07 nov 2024

Existem diversas fórmulas para calcular parâmetros-chave no controlo de stock de um armazém: desde o cálculo do stock de segurança de cada referência, até ao ponto de pedido de um produto, os custos económicos da rutura de stock ou o nível de serviço da instalação, entre outros.

Estabelecer um método para calcular periodicamente estes indicadores de desempenho é fundamental para que o chefe de logística tome decisões baseando-se na produtividade real das operações.

Principais fórmulas para controlar o stock do armazém

Um controlo adequado dos stocks do armazém multiplica a produtividade das operações logísticas e elimina o excesso de custos da instalação. As principais fórmulas para medir o sucesso no controlo de stock são as seguintes:

1. Prazo de entrega (lead time de aprovisionamento)

O tempo de entrega, também conhecido em logística como lead time ou tempo de ciclo, é um indicador que mede o tempo decorrido entre o momento em que a ordem de pedido é gerada no armazém de um fornecedor até a receção da mercadoria.

A fórmula do tempo de entrega é:

Lead time = data de entrega – data de pedido

Se uma empresa faz um pedido de matéria-prima no dia 15 de cada mês e recebe o stock periodicamente no dia 23, o lead time será:

23 - 15 = 8 dias de lead time

Este indicador logístico, que é medido em dias, oferece uma visão sobre a eficiência da cadeia de abastecimento da empresa ao chefe de logística.

2. Stock de segurança

O stock de segurança é a quantidade de stock armazenada como reserva na instalação. Com essa mercadoria extra, a empresa pode enfrentar imprevistos como picos na procura de um produto específico, mudanças inesperadas na rotação de uma referência ou atrasos dos fornecedores.

A fórmula do stock de segurança é:

Stock de segurança = (prazo máximo de entrega - prazo de entrega habitual) x procura média do produto

Por exemplo, uma fábrica precisa de 200 unidades de um produto específico para cumprir as ordens de produção existentes. Se o período de entrega habitual for de 5 dias e o máximo que o fornecedor pode demorar para entregar a mercadoria for de 8 dias, o stock de segurança será:

(8 - 5) x 200 = 600 unidades de stock de segurança

Este indicador de segurança tem como principal objetivo garantir uma certa quantidade de stock no armazém para evitar que ocorram ruturas de stock, ou seja, que se aceitem pedidos que, devido ao volume de stock, não possam ser satisfeitos.

O stock de segurança é a quantidade de stock que é armazenada como reserva de mercadoria
O stock de segurança é a quantidade de stock que é armazenada como reserva de mercadoria

3. Rutura de stock:

A rutura de stock ocorre quando, ao receber um pedido de um cliente, o armazém não tem o produto nas quantidades necessárias para satisfazer o pedido.

A fórmula do custo da rutura de stock é:

rutura de stock = quantidade de stock não fornecida x custo unitário no armazém

Ou seja, se uma empresa deixar de fornecer 30 pedidos e cada pedido representa um valor de 2,5 euros, o custo da rutura de stock será:

30 x 2,50€ = 75€ é o custo de rutura de stock

Também é comum calcular este indicador em percentagem, ou seja, o número de ruturas de stock pelo número global de pedidos recebidos.

Percentagem de rutura de stock = (quantidade de stock não fornecida) / (quantidade total de pedido solicitada) x 100

Seguindo o exemplo anterior, é possível calcular a percentagem de rutura de stock. Se a empresa deixar de fornecer 30 dos 300 pedidos, o cálculo será:

(30/300) x 100 = 10% de percentagem de rutura de stock

Embora esta fórmula mostre a percentagem de pedido solicitado não satisfeito, é preciso considerar que a falta de fornecimento da mercadoria ou produto a um cliente envolve outros inconvenientes, tal como a falta de confiança no serviço logístico.

4. Ponto de pedido:

O ponto de pedido é uma fórmula utilizada no armazém para identificar o momento adequado em que a empresa deve fazer um pedido aos fornecedores para garantir o fluxo de trabalho ou produção, assim como a otimização da superfície de armazenagem.

A fórmula do ponto de pedido é a seguinte:

Ponto de pedido = stock de segurança + (consumo médio x lead time)

Vejamos um exemplo de ponto de pedido: uma empresa tem um consumo médio de stock diário de 1.000 unidades e um lead time de 4 dias. Se o stock de segurança for de 1.000 unidades, o ponto de pedido será:

1.000 + (1.000 x 4) = 1.000 + 4.000 = 5.000 é o volume exato de stock que deve ser utilizado como indicador para gerar uma nova ordem de pedido ao fornecedor.

Este dado, que deve ser revisto periodicamente, proporciona ao chefe de logística o volume de stock ideal para fazer um pedido de aprovisionamento de stock, tendo em consideração o equilíbrio exato entre o investimento em mercadoria e o risco de rutura de stock.

O ponto de pedido identifica o volume de stock adequado para fazer um novo pedido ao fornecedor
O ponto de pedido identifica o volume de stock adequado para fazer um novo pedido ao fornecedor

5. Stock máximo

O stock máximo é o volume exato de mercadoria que pode existir num armazém sem incorrer em excesso de custos de armazenagem para a empresa.

A fórmula do stock máximo é:

Stock máximo = (Ponto de pedido + quantidade de reposição) - (procura mínima x lead time)

Para calcular o stock máximo, utilizemos como exemplo a empresa anterior que tinha um ponto de pedido de 5.000 unidades e um lead time de 4 dias. Se a quantidade de reposição de cada pedido for de 8.000 unidades e a procura mínima de 1.000 unidades, o stock máximo será:

(5.000 + 8.000) - (1.000 x 4) = 13.000 - 4.000 = 9.000 unidades de stock máximo em armazém

Este indicador reflete o nível máximo de stock que pode haver num armazém para prestar um serviço logístico, com o menor custo possível, ao cliente.

6. Quantidade económica de pedido

A Quantidade económica de pedido (EOQ, nas suas siglas em inglês) é um conceito logístico que determina quando e em que quantidade é preciso fazer um pedido a um fornecedor. É calculada a partir da fórmula matemática conhecida como Modelo de Wilson.

A equação do método Wilson permite saber quando e a quantidade necessária para fazer um pedido
  • Q = quantidade económica de pedido
  • K = custo de fazer cada pedido
  • D = procura anual da matéria-prima/produto
  • G = custo de armazenagem da matéria-prima em armazém

Para simplificar, vamos dar um exemplo: uma organização precisa de 500 kg de produto para satisfazer a procura anual de suas linhas de produção. Se o custo de fazer cada pedido for de 2.500 euros e o custo de armazenagem da matéria-prima for de 25.000 euros/ano, a Quantidade económica de pedido será:

√(2 x 2.500 x 500 / 25.000) = 10 kg é a Quantidade económica de pedido para a disponibilidade adequada de matéria-prima sem aumentar os custos de armazenagem.

A fórmula EOQ também permite extrair o número de pedidos que devem ser feitos anualmente para satisfazer as necessidades. Seguindo os cálculos anteriores, a empresa deveria fazer 50 pedidos anuais de 10 kg para atingir os 500 kg de produtos necessários para satisfazer as ordens de produção.

7. Taxa de rotação de stocks

A rotação de stock é um indicador logístico que aponta o número de vezes que o stock foi vendido durante um período de tempo determinado, normalmente de um ano, ou seja, este parâmetro mede as vezes que os produtos armazenados cumpriram todo o ciclo de negócio, foram vendidos, saíram do armazém e cobrados.

A fórmula da taxa de rotação de stock é:

Taxa de rotação de stock = valor das referências vendidas/ valor médio de stock

Por exemplo, se uma empresa vende anualmente todos os seus produtos por um valor total de 1.600.000 euros e o valor médio dos stocks no armazém é de 400.000 euros, a taxa de rotação de stock será:

1.600.000 / 400.000 = 4 é a taxa de rotação de stocks.

Portanto, essa empresa tem uma taxa de rotação de stock de 4 ou, o que é a mesma coisa, muda o stock quatro vezes por ano (uma vez por trimestre).

Software para automatizar o controlo de stock

A logística 4.0 trouxe consigo novos desafios no controlo de stock. Atualmente, cada vez mais empresas utilizam a estratégia omnichannel ou, ao menos, multicanal, onde os pedidos são expedidos tanto nos canais de venda online quanto nas lojas físicas. Neste contexto, os chefes de logística utilizam soluções digitais que lhes permitem automatizar o controlo de stock e garantir a rastreabilidade do produto. Um exemplo deste tipo de aplicação é um software de gestão de armazém como o Easy WMS da Mecalux, que gere as operações do armazém a partir de parâmetros como o stock de segurança, o stock médio ou o ponto de pedido.

Além disso, o software da Mecalux oferece a funcionalidade avançada Supply Chain Analytics, que monitoriza o desempenho das operações do armazém e recolha automaticamente todas as informações geradas na instalação. Com estes dados, o chefe de logística pode calcular com mais agilidade e confiabilidade parâmetros-chave como a Quantidade económica de pedido ou os custos de rutura de stock.

Fórmulas para gerir o stock: controlo sobre tudo o que ocorre no armazém

Os chefes de logística utilizam diversas fórmulas para saber em primeira mão qual é o status do stock do armazém, os custos envolvidos na armazenagem do produto ou quanto representa uma rutura de stock.

No entanto, cada vez são mais os chefes de logística que implementam um software de gestão de armazém para lhes auxiliar no controlo do stock: estes programas digitalizam as informações, automatizam as tarefas e permitem que o diretor tenha todos os dados no momento de tomar decisões estratégicas para o armazém.

Caso esteja interessado em digitalizar as operações de armazém para otimizar processos e aumentar a eficiência no controlo de stock, não hesite em entrar em contato connosco. Um consultor especializado irá aconselhar para encontrar a melhor solução para o seu negócio.